A descida da arvore

Nós julgamos o livro pela capa, não há como negar, não existe um único ser humano que não olhe pra alguém e antes que este abra a boca já não tenha uma pre-opinião - leia-se preconceito - formada. E seguindo esse pensamento - que já é um preconceito, meu deus - eu entrei no café a frente da faculdade para saciar minha fome e fazer o exercício para a aula, quando que como mágica entra um garoto com um cabelo rastafare enorme. E instantaneamente me peguei pensando nas comunidades de piolhos existentes na cabeça dele! Isso é horrível. Eu não sabia nem onome da criatura e já o estava julgando e recriminando. Tsc tsc tsc e assim começa a minha analise da humanidade. Ao som de uma "ótima" banda de rock nacional (olha lá eu julgando de novo), fiquei com os meus botões, ainda bem não responderam, a pensar. Por que julgamos as pessoas? Será por medo? Será por inveja? Ou tudo começou com Eva e Adão e está tão incrustado (opa palavra boa) em nosso espírito que, na minha opinião já faz parte do DNA. Vamos ver se você concorda comigo, quando éramos apenas os peludinhos que moravam agarrados nas arvores e com medo de virar janta do dente-de-sabre, e provavelmente, alguém que deve ser o descendente direto daquela sua vizinha fofoqueira, viu uma Ema andando ou a avó da Ema, e teve uma inveja e decidiu descer da arvore. O dente-de-sabre apareceu e abocanhou a fofoqueira, mas seu nome ficou famoso e ela era lembrada como heroína. Pouco a pouco outros que também queriam ser lembrados desceram da arvore e começarama procurar outra coisa importante e inusitada para fazer e assim caminha a humanidade. Agora que nossos feitos não causam mais impacto e o sedentarismo impera na sociedade, arranjamos outra forma de divertimento, o julgamento. Essa moda pegou mesmo na inquisição da igreja católica e até hoje é renovada, já que na moda nada se cria tudo se"renova", até hoje julgamos. Mas tá na moda então não há nada que podemos fazer.